Procure manter sua mente serena – um permanecer
tranquilo...
Talvez o primeiro princípio da espiritualidade seja a não
violência.
Buda disse: Não fazer o mal, cultivar o que é bom e salutar
e purificar o coração e mente. Estes são os ensinamentos dos Seres Despertos.
Na tentativa de ter
respeito pela vida, reconhecemos muitos tipos de criaturas e todos os tipos de
seres, visíveis ou não.
Começamos conosco,
prezando nossa própria vida, admirando e dando o devido valor às oportunidades
maravilhosas que temos. Estendemos, então, esse respeito às pessoas que mais amamos,
reconhecemos que, naturalmente, prezamos essas vidas.
Ampliamos o círculo
ainda mais e começamos a pensar no que significa prezar a vida de estranhos e
até daqueles de quem não gostamos.
Continuamos
estendendo nosso amor e, assim, o círculo cresce ainda mais. Por fim,
conseguimos alcançar cada vez mais longe e inserimos mais e mais seres no nosso
círculo de amor.
Com o tempo,
estendemos tão longe o nosso amor, que atingimos seres que consideramos
insignificantes: besouros, formigas, aranhas, ratos, cobras e, sim, até
baratas.
Podemos considerar
essas vidas? Podemos ter respeito por todas as vidas? Pois todas as formas de
vida são sagradas. Assim como nós, ninguém quer morrer, sofrer, ficar doente ou
perder entes queridos.
É fácil dizer: “Eu
não mato. Sou uma pessoa boa. Sou pacifista”. Mas, e as matanças sutis?
Todos nós temos uma
espécie de folha corrida interior que nos lembra das vezes em que não fomos
sensíveis, em que deixamos de amar e respeitar todas as formas de vida.
Reconhecer nossas transgressões e ter arrependimentos é uma forma de ajudar
nosso carma e de ajudar a nós mesmos.
Temos respeito pela
vida toda vez que usamos nossa energia para promover a harmonia, a paz e a
reconciliação entre todos os seres. Salvar criaturinhas sempre que possível
ajuda-nos a cultivar uma prática de amor – a certeza de que todas as vidas são
preciosas.
Ser compassivo é
ser capaz de ter uma compreensão profunda do que os outros estão sofrendo.
Temos a bondade inata; a natureza humana é essencialmente boa e generosa.
E uma das maneiras
práticas de incrementar a compaixão é eliminar barreiras. Muitos de nós nos
tornamos teimosos, inseguros, isolados por camadas de mecanismos de defesa do
ego, adquiridas durante incontáveis conflitos ao longo da estrada da vida.
Então, ter
consciência do sofrimento, seja ele nosso ou de outro ser ajuda a fazer com que
fiquemos mais sensíveis e amorosos.
Podemos aproveitar
nossas próprias experiências de vida para enriquecer nossa compaixão. De certa
forma, todos sabemos o que é sofrer física e emocionalmente. Com esse
conhecimento, podemos nos inspirar a fazer o possível para ajudar a curar o
próximo. Quando nossos filhos choram, reagimos rapidamente a seu sofrimento.
Por que deveríamos nos importar menos com os filhos de outras pessoas? Até os
animais selvagens têm mãe e lar para onde voltar à noite.
Pensar nos exemplos
de homens e mulheres piedosos de todos os tempos, inclusive de hoje, ajuda-nos
a abrir a alma e o espírito, e aumentar a nossa capacidade de exercitar o amor
e a bondade em tudo que fizermos.
A mensagem de hoje é:
Podemos ser um
pouco mais bondosos gentis e mais amorosos com as pessoas à nossa volta. Isto
requer uma certa dose de determinação consciente. Acho que é importante pensar
em falar com gentileza, e estar mais presente com as outras pessoas, mesmo
quando estamos sobrecarregados ou ocupados.
Devemos pensar em
usar palavras que transmitam aceitação e apoio. Precisamos pensar em ser mais
generosos com o que temos – com nosso tempo, com o que sabemos, com nossos recursos
financeiros e com nossos sentimentos e emoções.
Um pouco de
bondade, um pouco de cordialidade, um pouco de afeição, um pouco de empatia
contribuem muito em todos os nossos relacionamentos. Sabemos que isso é
verdadeiro com relação aos nossos filhos, parceiros e amigos. Mas também é
verdadeiro com os outros – até em encontros com pessoas que talvez nunca mais
vejamos.
Precisamos viver de forma a expressar nossa fé na
importância do amor-bondade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário